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Neuropsi – Afetivo Bipolar 106t4s

qui, 2 de julho de 2015 06:23

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1- O que é o transtorno Afetivo Bipolar?

Primeiro a angústia, o desânimo, a falta de vontade de se levantar da cama. Depois, vem a animação, extrema autoconfiança, sensação de poder, vontade de fazer mil coisas ao mesmo tempo. A primeira impressão é que essas sensações são de duas pessoas, uma depressiva, outra eufórica.

Portanto é uma doença com causas biológicas, neuroquímicas e psicossociais em que existe uma alteração do humor, cujos sintomas podem ser classificados em: episódios depressivos alternados com episódios de euforia e casos em que há uma mescla de episódios depressivos com os de euforia.

Concluindo é uma gangorra de sentimentos, uma  verdadeira montanha russa.

2- Qual a incidência do transtorno Afetivo Bipolar?

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualmente ela está entre as dez que mais afastam os brasileiros do trabalho. Ocupa o terceiro lugar na lista, depois da depressão e da esquizofrenia, atingindo cerca de 3% da população.

3-Como se caracteriza o transtorno Afetivo Bipolar?

O humor é o pano de fundo da nossa vida emocional. Normalmente, se acontecem coisas boas, as pessoas ficam alegres, se acontecer algo ruim, ficam tristes. Para quem tem transtorno bipolar, a lógica não é sempre essa. O humor pode oscilar muito e de forma muitas vezes independente do que ocorre ao redor. Os acontecimentos influenciam de forma nem sempre previsível. Se morre alguém, imagina-se que a pessoa fique triste, mas o bipolar pode entrar numa crise de euforia, ficar ‘elétrico’, ou mesmo irritável e não porque não gostava da pessoa, mas porque o estresse desencadeou uma instabilidade da doença. Por isso, o transtorno é imprevisível.

A transição abrupta entre as fases depressivas e maníacas é conhecida como virada de humor. Os episódios de mania e depressão podem variar em dias, semanas ou até meses. Os bipolares também têm fases de normalidade.

4-Quanto tempo é necessário para um correto diagnóstico da doença?

Em média 13 anos, devido a tratamentos equivocados, ausência de comunicação entre os profissionais envolvidos, desconhecimento sobre como a doença se manifesta, gerando sofrimento para a pessoa portadora e para seus familiares. Desse modo, é fundamental que a pessoa que apresente a sintomatologia inerente à doença e por uma avaliação psicológica e/ou médica realizada por profissional com conhecimento sobre transtorno afetivo bipolar. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor para o paciente, sua família e amigos. O fato é que alguém que tenha depressão vai procurar ajuda porque se sente mal. Porém, a pessoa que a por crises de euforia sente-se muito bem – até demais – para achar que esse estado inspire cuidados psicológico e médico. Isso pode atrasar a procura por ajuda e, consequentemente, o tratamento.

5-Qual a causa e os fatores desencadeantes da doença?

A causa exata do transtorno afetivo bipolar é desconhecida. No entanto, estudos sugerem que o problema possa estar associado com um desequilíbrio de substâncias químicas do cérebro, tais como noradrenalina e serotonina entre outras substâncias. Esse desequilíbrio reflete uma base genética ou hereditária para o transtorno. Existe uma tendência de que, em uma mesma família, haja várias pessoas com diagnóstico da doença, o que sugere uma grande participação genética nesse transtorno. Entretanto, ainda não há comprovações científicas. Os fatores ambientais também interferem na manifestação do problema.

O estresse e a rotina agitada podem colaborar para que os efeitos da doença sejam maiores ou menores. Hoje, o ritmo de vida é mais acelerado, o o e o consumo de substâncias lícitas e ilícitas que interferem no humor são mais fáceis, por exemplo.

6-Essa doença tem cura?

Assim como uma série de outras doenças, o transtorno bipolar não tem cura, mas controle. É como ter pressão alta ou diabetes: a doença continua ali, mas o paciente aprende a reconhecer sinais, controlar e conviver com ela, enquanto leva uma vida normal. O objetivo é que o paciente seja o gerente de sua saúde para reconhecer uma estabilidade ou piora da doença, além de tomar os remédios corretamente.

7-Como a psicologia pode ajudar o paciente diagnosticado com transtorno afetivo bipolar?

Como o transtorno bipolar é uma doença de excessos, num dia pode estar caído na cama, mas no outro pode estar de festa em festa, um dos pontos principais do trabalho do psicólogo seria ajudar este paciente a identificar qual comportamento é consequência da doença, pois ele pode confundir e considerar que está melhorando, principalmente quando está saindo de um momento depressivo e entrando na euforia.

O trabalho do psicólogo é fundamental, pois os familiares também podem confundir e considerar os excessos deste paciente como atitudes positivas. Por exemplo, um paciente que fez empréstimo no banco e distribuiu o dinheiro para vários amigos e parentes, chegou a comprar um carro para o primo. Se esta pessoa, nem sua família, não identificar que isto não é generosidade e sim um sintoma do transtorno bipolar a coisa pode ficar muito pior do que poderia ser.

Outra ajuda do psicólogo se faz na aderência ao tratamento medicamentoso. A grande maioria dos bipolares precisa manter a medicação por longos períodos, e sem um trabalho de conscientização pode ficar muito difícil manter a rotina.

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