Saúde Alerta – O perigo de uma infecção urinária 20674v
qua, 30 de janeiro de 2019 05:292c3h5i
Uma infecção urinária pode parecer algo corriqueiro, mas não é e requer atenção. A cantora e atriz Rogéria, e o apresentador Wagner Montes morreram de choque séptico, decorrente de uma infecção urinária.
A Infecção no Trato Urinário (ITU) é uma das doenças causadas por bactérias mais comuns de acontecer no ser humano. Ela é a segunda mais frequente na população mundial, ficando atrás apenas dos problemas respiratórios. Por dia, aproximadamente 9 mil pessoas precisam de internação em hospitais do Brasil com problemas causados por infecção urinária, atingindo cerca de 80% das mulheres do nosso país, confirmando que o público mais atingido pela infecção é o feminino.
Estudos apontam que, no período infantil, as meninas têm entre 10 a 20 vezes mais chance de contrair a infecção urinária que os meninos. Quando atingem a maturidade, a incidência da infecção aumenta a ponto de predominar os casos em mulheres. Com picos de maior acometimento no início ou relacionado à atividade sexual, durante a gestação ou na menopausa, de forma que até 48% das mulheres apresentarão pelo menos um episódio de ITU ao longo da vida.
Essa maior disposição à infecção urinária está na anatomia do sistema urinário feminino. A susceptibilidade à infecção urinária nas mulheres se deve à uretra mais curta e a maior proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e uretra. Enquanto que no homem há um maior comprimento uretral, maior fluxo urinário e o fator antibacteriano existente na próstata, protege contra as infecções.
Os fatores que podem causar a infecção urinária são vários, desde descuidos diários até uma vida sexual ativa. Historicamente conhecida como “cistite da lua de mel”, a cistite aguda pode ocorrer após a atividade sexual, em decorrência da bacteriúria pós relação sexual.
O uso de alguns métodos contraceptivos (diafragma e geleia espermicida) também trazem alguns riscos para a saúde do órgão reprodutor feminino. A geléia espermicida leva a alterações do pH e da flora vaginal (perda dos lactobacilos que mantém a acidez do pH) que pode favorecer a ascendência de germes no trato urinário. Não deixem de usar preservativos, apenas evitem utilizar aqueles que contém espermicidas.
Outros motivadores da Infecção no Trato Urinário incluem a idade avançada, a menopausa, a gravidez e as predisposições pós-cirúrgicas, como na cateterização urinária (instalação de sonda na bexiga) e no transplante renal (pode acontecer até três meses após o procedimento).
É importante afirmar que existem diferentes tipos de infecções urinárias, sendo a mais comum a Cistite Bacteriana (ou Infecção do Trato Urinário “baixo”) e ocorre por intermédio da aderência da bactéria à bexiga. Entre os sintomas estão a ardência ao urinar, aumento do número das micções, dor ou desconforto ou sensação de peso na pelve.
Se não tratada, a Cistite pode evoluir para uma pielonefrite (ou Infecção do Trato Urinário “alto”). Os sintomas dessa infecção também são mais severos, acompanhados de febre (geralmente superior a 38°), calafrios e dor lombar, uni ou bilateral. O quadro é decorrente de um processo inflamatório intenso e que acomete os rins e suas proximidades.
Existem dois tipos Pielonefrite Aguda, causada por uma infecção bacteriana; e Pielonefrite Crônica, infecções bacterianas repetidas, associadas a um sistema imunitário debilitado.
A Cistite não afeta os rins, mas a Pielonefrite pode deixar cicatrizes e levar a diminuição da função renal, especialmente em crianças. A Pielonefrite Aguda, se não tratada, pode evoluir para uma infecção generalizada ou septicemia (quando as bactérias infectam a corrente sanguínea) com risco de óbito.
As outras duas infecções são a bacteriuria assintomática, que ocorre quando as bactérias estão presentes na urina, mas não causam nenhum sintoma; e a bacteriúria sintomática ou Uretrite, que apresenta um quadro de disúria (dor durante a micção) e frequência urinária muito maiores que as demais, além da presença de pus (leucócitos) na urina.
Além da ingestão de líquidos, algumas recomendações não medicamentosas que podem auxiliar tanto nos casos mais recorrentes como na prevenção da infecção urinária:
– urinar em intervalos de 2 a 3 horas;
– urinar sempre antes de deitar ou após a relação sexual; evitar o uso de diafragma ou preservativos associados à espermicida (para não alterar o pH vaginal);
-evitar banhos de espuma ou aditivos químicos na água do banho (para não modificar a flora vaginal);
-aplicação vaginal de estrógeno em mulheres pós-menopausas;
Outras medidas não medicamentosas que também têm sido sugeridas para redução de recorrência em infecção urinária são acidificantes urinários associados ou não à vitamina C e ingestão de suco de “cranberry”.
A prevenção ainda é o melhor caminho.
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