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Coluna: Direito e Justiça (17/04) 1p1p2v

qui, 17 de abril de 2025 10:05

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A Bela Lição do Velho Professor

 

 

 

 

 

 

· Justiça rápida.

· Justiça razoável.

· Justiça moderada.

· Justiça discreta.

· Justiça útil.

A missão do professor:

– A missão do professor é educar, orientar e apoiar os alunos no seu desenvolvimento pessoal e aprendizagem. O professor também deve preparar os alunos para os desafios da vida, tanto acadêmicos quanto profissionais. Mas o “verdadeiro” professor tem diante de si um leque muito maior e mais abrangente de responsabilidades, que podem ser assim discriminadas: 1 – Transmitir conhecimentos; 2 – Afirmação pessoal; 3 – Preparação para o futuro; 4 – Incentivar a autonomia e o senso de iniciativa; 5 – Formar cidadãos bons e úteis; 6 – Transformar realidades; 7 – Promover a diferença na sociedade;

O professor no Japão:

– A profissão de professor é muito respeitada no Japão, onde os professores são chamados de sensei. O termo sensei é usado para expressar respeito, alta qualificação, autoridade legítima e conhecimento superior. No Japão, o professor goza de elevado status (tem prestígio e prioridade do governo), valorização (são considerados sábios, centrados e orientadores das crianças), papel relevante na sociedade (são os responsáveis pela formação dos demais).

O professor no Brasil:

– A profissão de professor no Brasil enfrenta enormes desafios como baixa remuneração, falta de valorização e carga horária elevada, (na verdade, excessiva). Aqui, entro eu e ouso dizer que os professores no Brasil constituem um segmento em extinção, especialmente em matérias ou disciplinas mal dominadas pelo brasileiro, verbi gratia Matemática, Física, Química e Biologia. O resultado está aí, refletido em nossa sociedade como um todo: desestimulada, inculta, desqualificada, inapta e desprovida de valores morais e sociais básicos, como a probidade, o patriotismo e o civismo.

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A Bela Lição do Velho Professor:

Certo jovem encontrou-se com um senhor de idade e indagou-lhe:

– Senhor, lembra-se de mim?

– Sinceramente, não – respondeu-lhe o idoso.

O jovem disse-lhe que havia sido seu aluno. E o professor perguntou-lhe:

– O que você está fazendo, jovem? O que você faz para viver?

O moço respondeu:

– Bem, como o senhor, eu me tornei professor.

– Ah, que bom! Como eu?

– Sim, pelo menos eu tento ser. Na verdade, eu me tornei professor porque o senhor me inspirou, e eu achei que valia a pena seguir o seu exemplo.

Curioso, o velho mestre indagou do jovem qual havia sido o momento exato em que se sentira inspirado a ser como ele.

E o jovem contou a seguinte estória:

Um dia, um amigo meu, também estudante, chegou à sala de aula, portando um relógio de bolso novo e muito bonito, e eu decidi que o queria para mim. Dei um jeito, aproveitando uma distração, e furtei o relógio. Logo depois, o meu amigo notou o furto e imediatamente reclamou ao professor, que era o senhor. Então, o senhor parou a aula e disse para que todos nós ouvíssemos claramente:

– O relógio de bolso do amigo de vocês foi furtado durante a aula de hoje. Quem o furtou deverá devolvê-lo.

Eu não devolvi, porque não queria fazê-lo. E temia a reação e o desprezo de todos.

Disse mais o jovem:

– Então, o senhor fechou a porta e disse a todos para nos levantarmos e avisou que iria vasculhar nossos bolsos e pastas até que o relógio furtado fosse encontrado. Mandou que todos nós fechássemos os olhos.

Obedecemos e fechamos os olhos. O senhor foi de bolso em bolso, de pasta em pasta, e chegou até o meu bolso, onde encontrou o relógio e o pegou de volta.

O senhor não parou em mim, mas continuou procurando nos bolsos e nas pastas restantes e, depois do último aluno, o senhor disse:

– Abram os olhos. Já temos o relógio.

O senhor não me disse nada e nunca mencionou o episódio. Nunca disse ou comentou quem foi o autor do furto do relógio. Naquele dia, professor, o senhor salvou a minha dignidade para sempre. Foi esse o dia mais vergonhoso da minha vida.

E o jovem continuou:

– Mas também foi o dia em que fui impedido de me tornar um ladrão, uma pessoa má, um transviado, um criminoso, enfim, o senhor sabe.

E finalizou:

– Assim, graças ao senhor, à sua bondade, eu entendi que é isso o que um verdadeiro educador pode e deve fazer. O senhor se lembra desse episódio, professor?

O velho professor respondeu-lhe:

– Lembro-me da situação do relógio furtado, que eu procurava em todos vocês, mas não me lembro de você, porque eu também fechei os olhos enquanto procurava.

 

Essa é a essência do ensino:

– Se para corrigir, você precisa humilhar, então você não sabe ensinar.

 

FONTE` Autor desconhecido (texto encontrado nas redes sociais).

Pesquisa superficial e com pequenas adaptações.

 

Comentário Pessoal:

Inseri algumas adaptações e fiz questão de substituir o irreverente tratamento do jovem para com o professor, de “você” para “senhor”. Sou de uma geração que já está indo embora, mas que tratava pai e mãe de senhor e senhora, respectivamente, assim como professores e professoras. Já nos consideram ultraados e anacrônicos. Sem problemas! Tomara que os novos usos e costumes melhorem o mundo. Tomara…!

Esta Coluna Direito e Justiça – sem falsa modéstia – tem dado aos professores (homens e mulheres) o devido valor, reconhecendo-lhes a imprescindibilidade de sua nobilitante profissão para a formação das novas e futuras gerações. Sempre destaquei que, no Japão, o professor é o único que não está obrigado a inclinar-se perante o seu Imperador; já na Alemanha, uma ex-chanceler recusou igualar a remuneração de outras profissões liberais à do professor, visto que é este, o professor, quem ensina e qualifica todas as demais.

Tudo bem! Mas, e no Brasil? Como é que anda a profissão de professor? Em nosso país, o professor é grandemente desvalorizado, tem baixa remuneração, uma carga

horária excessiva e não tem merecido o devido respeito dos governantes, dos pais de alunos e dos próprios alunos. Já afirmei e torno a afirmar que o Brasil hoje, parece-me ser um país “sem famílias, sem professores e sem futuro” (Coluna Direito e Justiça de 20.03.2025). Quero destacar um trecho de artigo sobre a situação do professorado no Brasil e que tenho como emblemático e verdadeiro:

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“O professor brasileiro é cercado de um arsenal de burocracias, como diários, planos de aula, fichas avaliativas, formulários, entre outros, incluindo ainda a imensa quantidade de trabalho que o professor leva para casa, tais com o plano de aula, elaboração de atividades, provas, trabalhos, correções, testes, projetos, etc. Esses não são os únicos agravantes; o professor tem que enfrentar o problema da indisciplina escolar difundida na maioria das escolas brasileiras, como excesso de conversa, bagunça, uso indevido de aparelhos eletrônicos que invadiram as escolas, isso, aliado ao baixo salário, praticado na maioria das vezes. A defasagem salarial não supre todo o trabalho realizado fora da escola, nos finais de semana e feriados”.

Fonte: Eduardo de Freitas – Equipe Brasil Escola – Google.

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Todavia, não pensem vocês que eu estou dando este assunto por encerrado. Não mesmo! Até porque minha mãe foi também uma professora excepcional, lecionando no Grupo Escolar Silviano Brandão, em minha cidade natal de Carmo da Mata – MG, até aposentar-se em 1960. Olga Zeringota Fernal era o seu nome. Nasceu em São João del Rey-MG em 16.10.1913 e falecendo aos 101 anos de idade, em 19.12.2014. Seus pais, meus avós maternos (que não conheci) eram de Bagagem, hoje Estrela do Sul.

Todos a conheciam como Dona Olga. Ainda muito pequeno (4 / 6 anos), eu a via preparando suas aulas em cartolinas e utilizando-se ainda de outros recursos didáticos, noite a dentro, sob a luz de um lampião a querosene. Fui seu aluno por um ou dois meses. Sou testemunha ainda viva de que, naquela época, o ensino primário tinha muito mais qualidade do que o ensino fundamental de hoje. Com a minha mãe (e tantas outras professoras daquela época), já no final do primeiro ano, os alunos sabiam ler e escrever razoavelmente, e tinham boas noções de Aritmética. Daí, fomos para Poços de Caldas, Londrina, Belo Horizonte, e dali eu segui o meu próprio rumo. Bons tempos eram aqueles meus idos de estudante…! Bons tempos…!

 

Araguari – MG, 17 de abril de 2025.

Rogério Fernal .`.

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