Ficha Técnica – Informação de mais, conhecimento de menos q3k18
qua, 11 de maio de 2016 08:122c3h5i
Se estivesse vivo, Manuel Francisco dos Santos completaria 83 anos em 2016. Herói Jeca Tatu, maluco-beleza da grande área. Emergiu do subúrbio do Rio para um reinado sem lenço e sem documento. Era astro da estrela solitária. Pela deficiência que atacava as pernas, o anjo das pernas tortas. Tinha a mesma deficiência que João Nascimento, mas este, foi execrado pelo excesso de informação e falta de conhecimento.
Garrincha foi a luz que o Botafogo pediu aos céus e a prece de torcedores das mais distintas cores. Um gentleman com a bola nos pés que mais pareciam bailar sobre os gramados. Mágico, ilustrava a história do esporte brasileiro. Campeão alvinegro, imbatível pela seleção. Sua melhor amiga era a taça Jules Rimet, cuja levantou na Copa de 1958 e 1962. Peça de um carregamento único dos deuses do futebol, tinha duas pernas flexionadas para o lado esquerdo, um geno valgo e um geno raro (geno = joelho; latim).
João Paulo Marinho do Nascimento, mais conhecido como Jota Pê. Aos sete anos, descobriu que suas mãos poderiam abrir portas para o futuro. Aos dez, viu o primeiro prenúncio desse destino. Submetido a uma cirurgia para retirada dos meniscos, sofreu outra lesão no joelho, da qual resultou numa deficiência física chamada geno valgo. Sem chances no esporte convencional, encontrou forças no basquete sobre cadeira de rodas. A partir dali, faria do que parecia um pesadelo se tornar um sonho real.

Respeite a história dos nossos paratletas
(Reprodução/Facebook)
ou por Brasília, Goiás, São Paulo, Espanha e se tornou o primeiro brasileiro a disputar uma liga alemã na modalidade. Convocado para as Paralimpíadas do Rio em 2016, estava em preparação quando foi chamado para participar do revezamento da tocha olímpica em Anápolis (GO). Um momento único na vida de um paratleta protegido por um arsenal de sonhos. Mas ao entregar o símbolo para o próximo condutor, João, que estava numa cadeira de rodas específica, desequilibrou-se, apoiando um dos pés no chão para evitar uma queda maior. Um vídeo flagrou o momento, e o paratleta sentou no banco dos réus da mídia e da internet, chegando a mais de 1,8 milhão de visualizações.
Garrincha, Jota Pê. Anjos das pernas tortas que desafiaram os próprios limites por um lugar ao Sol. Loucos para muitos, gênios para outros. Reis do esporte que deram duro para devolver o sorriso e o orgulho do país para seus súditos, mesmo que estes os julgassem, sem o mínimo trabalho de se informar. Enquanto o lugar mais alto do pódio for a única diferença, para os julgadores de plantão restará a única sentença – “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que publicas”.
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